Outro dia no parque comecei a observar as pessoas ao meu redor quando parei com o olhar em uma cena que chamava a atenção da maioria das pessoas: um garotinho de uns cinco anos subindo em uma árvore , mas o que chamava a atenção não era o fato de o garoto estar subindo na arvore e sim a preocupação da mãe.Ela brigava com o garoto ,quase que desesperada para que ele não subisse lá ,pois era muito perigoso , muito alto ele podia se machucar,vendo essa cena eu percebi o que difere um adulto de uma criança .
Quando somos crianças não nos preocupamos com o certo e o errado , procuramos apenas viver e acho que é por isso que a maioria das pessoas lutam tanto para manter sua criança interior ,pelo simples fato de que quando somos crianças não temos medos ,quando crianças nossos medos são aqueles causados pelos adultos ,os que eles usam para nos controlar (como o bicho papão , o homem do saco ),mas o medo o verdadeiro medo nós não conhecemos quando crianças .
Corremos por ai ,pulamos ,brincamos com os animais ,nos sujávamos ,se caíssemos nos levantávamos , nós brincávamos com todos , de qualquer coisa ,mas o principal não tínhamos medo de nos machucar .Um raladinho com um beijinho passa ,um corte ,quando casa sara,um aranhão , um tombo uma coleção de ‘’desastres ‘’ tão saudáveis e singulares que nos caracterizam como criança ,quantas vezes depois de um tombo ,uma queimadura um machucado ,nós já não estávamos lá prontos para outra?
O medo limita o ser humano ,com o tempo ficamos cautelosos ,preocupados com o certo e o errado ,isso nos prende , nos deixa deficiente ,faz com que fiquemos limitados a um certo ponto de ações que julgamos seguras deixando de arriscar , de aproveitar essa falta de medo
Enquanto não descobrimos um meio de deixar de sermos adultos medrosos só nos resta tentar manter as crianças menos medrosas o possível ,e para aqueles adultos que tentam se livrar do medo só me resta desejar sorte ,para que nunca abandonem suas crianças interiores
Nenhum comentário:
Postar um comentário